segunda-feira, 18 de abril de 2011

Polêmicas sobre a lei que proíbe o uso das sacolas plásticas

Entra em vigor hoje, dia 18, a Lei municipal 9529 que proíbe o uso de sacolas plásticas em estabelecimentos comerciais e órgãos públicos situados em Belo Horizonte.

Enquanto alguns comemoram, afirmando que a lei é um ganho para o meio ambiente, outros questionam a legislação. É o caso dos comerciantes, que argumentam que houve pouco tempo para se adequar às exigências e que possuem um estoque grande de sacolas comuns, apesar de a Lei ter sido criada em fevereiro de 2008 e estabelecer o prazo de três anos para que o comércio se regulamentasse.

Polêmicas a parte, é preciso que o consumidor tenha um olhar crítico sobre o tema. É verdade que as sacolas comuns, as que estamos acostumados a utilizar, poluem o meio ambiente de diversas maneiras, seja quando acondicionamos o nosso lixo e encaminhamos para os aterros ou quando são descartadas nas ruas, entupindo bueiros e contribuindo para enchentes. Listamos abaixo algumas informações que consideramos importantes para compreender a nova lei.

· É costume brasileiro dispor o lixo doméstico em sacolas plásticas. Com a diminuição do uso de sacolas, uma das alternativas será comprar sacos de lixo de plástico comum (não biodegradável) para destinar o lixo.

· A lei incentiva os consumidores a adotarem práticas mais sustentáveis, mas é preciso haver campanhas de conscientização envolvendo os diversos públicos, para que todos compreendam o seu papel na cadeia de consumo.

· Com entrada em vigor da nova lei, o comércio começou a oferecer a sacola biodegradável ao consumidor por um preço médio de R$ 0,19. É preciso analisar se esse custo deve ser arcado pelo consumidor. Existem supermercados na capital que adotam a sacolas biodegradáveis há vários anos e não cobram o preço da sacola do consumidor.

· Nos últimos dias houve um grande aumento nas vendas de ecobags ou sacolas retornáveis. Antes de comprar a sua, observe a origem da sacola, pois grande parte das que estão sendo oferecidas no mercado são confeccionadas no Vietnã e na China, que do ponto de vista da sustentabilidade, não são nada sustentáveis (veja o vídeo).

Saiba mais

Polêmica sobre a cobrança de sacolas plásticas

Saco plástico não é vilão

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sexta-feira, 1 de abril de 2011

Aniversário

Dia 31 de março foi o primeiro aniversário da Sensata Comunicação. Um ano que tem muito para ser comemorado!!!!
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Morte de José Alencar na mídia: A construção de um herói



Quase um Tancredo.
As trajetórias políticas de José Alencar e Tancredo Neves são muito diferentes, mas o empenho da mídia foi em criar um novo herói político no momento da morte de ambos.

Tancredo morreu antes de mostrar ao povo, de forma ampla, com a visibilidade do Palácio do Planalto, como era o seu estilo de governar. Virou herói pelo que prometia e não pelo que de fato fez.

José Alencar, ao contrário, expôs suas opiniões - em especial sobre os altos juros - atuou no Senado e no Planalto, e ainda escancarou a todos a longa e doída luta contra o câncer. A população brasileira, pelos olhos da mídia, acompanhou o político em cada cirurgia, as recuperações, as recaídas, o definhamento até a morte. Acompanhou com orgulho, muita torcida e muita reza. E é justamente a doença a parte que mais se sabe sobre Alencar. Nunca foi divulgado qualquer escândalo de que tenha participado, era conhecido como um político honesto e ético. Um homem que era pobre, de pouco estudo, conquistou um império empresarial e deu as mãos ao operário que enfim conseguiria ser presidente.

Pouco se sabe da atuação política de Alencar e muito se sabe sobre a trajetória do mito, assim como aconteceu com Tancredo. Milhares de brasileiros enfrentaram as longas filas para homenagear Alencar e exibir o orgulho que sentiam do político.

É positivo que a mídia mostre bons políticos e contribua para o otimismo, para a esperança, para a confiança em seus dirigentes. Mas eu bem que gostaria de ver uma homenagem a quem levanta ou levantou bandeiras importantes como a reforma política, a melhoria da educação e tantas outras que dizem respeito às nossas mazelas. Queria também um herói que ganhasse esse título por ser efetivamente atuante nas causas brasileiras.


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